21 de novembro de 2009

alone



Bad Trip
Bad Trip
Bad Trip
Bad Trip
Bad Trip

lágrimas de sangue.
veneno proibido.

dor
dor
dor

HOT SHOT
xeque-mate.
cada um por si...

L.

17 de novembro de 2009

lombriga

-...

está tudo rodando,
como em um carrossel desaparafusado;
uma chance de partir.
errado.
ele nunca soube o que é liberdade,
sua cadeia interna é maior que sua vontade.
suas tripas o enforcavam aos poucos... sutilmente,
como uma abelha rainha
que se aproveita de seu povo.
maldito!
compreenda que por trás,
sempre vence o bandido.
sem rimas, por favor.
ofusca minha visão, como se fosse uma chama de fogo,
fedendo seu perfume vencido.
um frango abatido
sangue seco pela rua.
uma mosca morta, com vermes em sua volta.
contraditório.
veias feridas, morte banida.
fale, fale, fale...
não diga nada!
sua voz me deixa atordoado.
CALE-SE de uma vez.
espectro do medo,
vamos brincar de roda...
lá lá lá!
quem sabe assim,
esqueço de quem sou.
essa lombriga suja de suco gástrico.
parece uma peça de teatro,
uma bela apresentação do que é a morte...
esse lento assassinato interno.
inferno.
corte suas veias, e cozinhe-as
para o jantar do inimigo.
chega!
vamos embora, isso já deu no saco.
vamos para onde nada é em vão.
vamos queimar na chama da escuridão;
PATÉTICO!
esqueleto em decomposição.
tudo o que resta... ossos embolorados.

L.

5 de novembro de 2009

Eu, Christiane F. [...]

" Estávamos absolutamente sós.
Separados do mundo exterior por abruptas muralhas brancas.
Nenhum barulho chegava até nós.
Não ouvíamos nenhum barulho a não ser o das cascatas.
Decidimos comprar a pedreira no dia em que ela não estivesse mais sendo explorada.
Nós nos instalaríamos no fundo. Construiríamos cabanas, plantaríamos um imenso jardim, criaríamos animais. E dinamitaríamos o único caminho que leva à superfície.

De qualquer forma, não tínhamos nenhuma vontade de voltar lá pra cima."

C.F.