23 de dezembro de 2010

like a prayer

Como uma criança você sussurra suavemente pra mim.
Você está em controle, como uma criança.
Agora estou dançando.
É como um sonho sem fim e sem começo.
Você está aqui comigo, é como um sonho.

Como uma oração sua voz me guia.
Como uma reflexão pra mim, você é um mistério.
Assim como um sonho, você não é o que parece.
Não tenho escolha.
Sua voz pode me guiar.

{madonna}

19 de dezembro de 2010

purpurina

Agora é hora de deixar as coisas confusas.
Para escrever linhas que não façam sentido.
Eu sou dependente,
sou carente, fodidamente sensível,
e surpreendentemente insensível,
é possível? Tudo ao mesmo tempo?
No meu caso sim.
Eu me canso das pessoas,
mas não me canso de amá-las,
amá-las, até vomitar.
Textos rabiscados,
frases ensaiadas,
corda estourada.
"Você nunca brilhará, se não se iluminar"
alguém tem purpurina pra me emprestar?

Lola.

sweet emotion

'Você conversa sobre coisas que ninguém liga.
Vestindo outras coisas que ninguém veste. "

{A.}

15 de dezembro de 2010

seu jogo


"Na sua indecisão você nem viu.
Você não morreu
mas esta sem vida.
Você está em xeque-mate, viu?
E o culpado é você,
quem move as peças é você."


Plebe Rude

café com bolacha

À margem do desespero,
no peito do traiçoeiro.

Café com bolacha,
risadas, você, burguês,
maltês, siamês...

Pulmões de ferro diria eu,
com tamanha sede por vingança.

Cafeína,
carbamazepina,
só serviu pra rima,
da podridão exclusiva
certeira de passeata.

Malhe Judas, malhe Judas!

L.

27 de novembro de 2010

pesares

-...

Eu crio castelos enormes, imagino que posso mover montanhas, faço planos, me inundo de uma tremenda esperança... e num dia, como outro qualquer, tudo desmorona em minha frente, e eu não tenho onde me segurar, nem com o que me proteger. Então eu disfarço, tento fazer de tudo pra não cair junto, e o pior dos pesares, é saber que tudo é minha culpa, eu quem fiz planos, construí castelos... na esperança ingênua de ser feliz, como nos sonhos de uma criança, que sempre acredita, e mesmo que tudo seja uma merda, ela continua acreditando, e com o infeliz porém de eu não ser uma criança, e saber que é preciso me conformar da triste realidade de que tudo deu errado, que as coisas não são como eu queria, que NADA é como eu queria.

...-

sei lá

"O curioso, é que a vida
quanto mais vazia,
mais pesa."

.
.
.
.
.
.

realmente

14 de novembro de 2010

Negro véu

As lágrimas queimavam
em meu rosto feito fogo.
E eu só pedia, que devolvessem os sorrisos
perdidos no meio desse jogo.

'Sozinha, num mundo esquecido.
Vazio, no meio do infinito.
Comemoro a morte do inimigo,
nada mais faz sentido.

Eu levanto meus olhos ao céus,
buscando o anjo que me faz viver
e debaixo desse negro véu
assisto sua lembrança morrer.

E essa falta me dói tanto,
que eu fico me perguntando,
por que partiu e me deixou sangrando?

L.

28 de outubro de 2010

matando sentimentos


Sentimento todo mundo sente. Sentimento bom, ruim, mais ou menos... seja qual for a maneira, todo mundo sente. Algumas vezes deixamos ele de lado, mas isso é bem difícil de se fazer. Eu já tentei, e sei que é difícil. Então, na maioria dos momentos, precisamos botá-los pra fora... e quando decidimos fazer isso (finalmente, depois de raciocinar muito), soltamos ele como uma bomba, que pode ser recebida com compreensão, mágoa ou raiva por outra pessoa. Pra mim, o pior tipo de "gente", é aquela que sente, que chora, que ri como qualquer outra, mas não tem o menor respeito pelos sentimentos, pisa neles, cospe neles, e depois dá uma risada cínica como se não tivesse a menor importância... ah! Isso me deixa muito fula, e como se não bastasse, acha que você tem culpa por sentir.
Estou FARTA de pessoas assim.
Esse tipo deveria ir à merda.


L.

26 de outubro de 2010

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"Às vezes, nos deparamos com algum momento.
E ele paira e dura...
Muito mais que um momento.
E o som pára.
O movimento pára.
Por muito...
muito mais que um momento,
e daí esse momento passa."

- One Tree Hill

24 de outubro de 2010

1994

Se eu pudesse, arrancaria sua dor com os dentes. Tiraria toda sua angústia, todo o medo e o desespero. Se eu pudesse olhar nos seus olhos tristes e cansados, e dizer que tudo acabaria de outra forma, talvez realmente acabasse. Libertar-te de toda a amargura, e tirar um sorriso da sua face pálida, um último sorriso que fosse. Enxugaria suas lágrimas com o mais nobre véu, e ao tocar meus dedos em suas veias saltadas, eu sugaria todo o veneno que havia ali, fecharia as feridas, sem deixar nenhuma marca, nenhuma lembrança. Mas nada posso, nada pude. E tanto não posso, que algumas vezes me sinto sufocada, presa por memórias que sequer me lembro, que eu gostaria de esquecer mas não posso, pois como esquecer se não me lembro? Talvez se eu estivesse do seu lado, segurando sua mão quando você mais precisou que alguém o fizesse, tudo seria diferente. Oh, eu não posso suportar. Sua falta é tanta que chego a ser dependente dela.

L.

16 de outubro de 2010

estilhaços

E eu continuo procurando motivos de me manter sóbria dentro de um universo tão bifurcado que crio dentro da minha própria mente. Procuro assumir qualquer papel... posso ser boa ou má, ou até aquele em cima do muro. Porém nunca me contento em ser alguém que não seja eu mesma, e volto a procurar dentro de mim qualquer vestígio de verdade.

Nada é como antes.
Absolutamente nada.

L.

14 de setembro de 2010

pain

Nossas cicatrizes têm o poder
de nos lembrar que o passado foi real.

(Hannibal Lecter)

4 de setembro de 2010

...

É como um sonho...

sem fim,

nem começo.

Little Trouble Girl

Se você me quiser
eu serei a única,
que é sempre boa
e você irá me amar também.
Mas você nunca saberá
o que eu sinto por dentro
que eu estou realmente mal.
Pequena garota problema.

Cruzei meu coração e esperei morrer
Oh, eu não posso mentir.

{sonic youth}

20 de agosto de 2010

black.sheep



Ele vivia de restos.
De pedaços tímidos de sorrisos,
de amargas lembranças,
que em sua maioria, iam se apagando devido ao tempo.
Não tinha planos, mas sim sonhos.
Vivia trancafiado, não só em sua moradia,
como também e principalmente em seu coração congelado.
Pobre homem.
Só buscava uma razão para sorrir, e tudo o que conseguia,
era um mar de angústia, medo e desespero.


Seu nome era solidão.
Sua vida era solidão.
Sua morte era solidão.


L.

13 de julho de 2010

surto




Eu afundo lentamente em meu colchão forrado de estrume.
Há algo incomodando, eu sei que há.
Mas é impossível descobrir o que é.


Um universo paralelo

- que me faz sentir a D.O.R


L.

12 de julho de 2010

Stop Crying Your Heart Out

"Porque todas as estrelas
estão desaparecendo.
Apenas tente não se preocupar,
você as verá um dia.
Pegue o que você precisa
e siga seu caminho;
e pare de chorar tanto.

Levante.
Venha.
Por que você está assustada?
Você nunca mudará
o que aconteceu e o que foi."


{oasis}

turquesa

E mais uma vez me encontro perdida em seus olhos,
que brilhavam enquanto você me encarava.
Como duas turquesas.
Não passava de um sonho,
nele eu pude tocá-lo,
pude tê-lo em meus braços.
Por mais que eu tente evitar,
por mais que eu lute contra,
sempre acabo me rendendo á essa dolorosa utopia.
Oh meu mais doce espectro.
Eu o beijo eternamente.

L.

6 de julho de 2010

gastrite

Hoje estou enjoada.
Enjoada de sentir qualquer emoção.
Tem momentos que o melhor a fazer é dormir...
esse é um deles.
Cansei de querer entender a mente dos outros,
cansei de tentar entender minha própria mente.
De ouvir críticas ou conselhos gratuitos.
De ouvir vozes e grunhidos.
Pareço ter levado um soco
nesse nauseado estômago inundado de suco gástrico.
Meu caro, é tudo uma grande merda!

l.

28 de junho de 2010

woman in chains

"Negocia sua alma sob a forma de pele e osso
vende a única coisa que possui..."

(tears for fears)

22 de junho de 2010

red balloon


Eu brinco com sorrisos, lágrimas e beijos. Eu brinco com doces, balões e sentimentos. Eu brinco com a luz, com a escuridão, eu brinco com os sonhos e pensamentos mais insanos. Eu brinco com a vida, e com a morte. Sou uma eterna criança, que procura a perfeição em cada palavra, música, poema. Que fecha os olhos pra maldade e vive de forma totalmente ingênua, no meio de pessoas completamente inundadas por pecados. Ah, uma criança, doce criança que nunca irá crescer, que desafia o bem e o mal, que sorri para os monstros e se esconde com medo dos trovões. Até ela acordar do profundo sono que é sua vida.

L.


18 de junho de 2010

espectro do medo

Eu sou uma sombra, uma sombra da noite,
vagando pelas ruas sozinha a procura de algo que me faça sorrir.
Um espectro pálido e de roupas negras, esperando sua hora chegar.
Hora do que? Bom, não sei exatamente mas me parece meio óbvio;
a única coisa que não é óbvia é o porque e como me encontro nessa merda toda.
Eu tinha um só desejo, e não conseguia pensar em outra coisa, eu desejava liberdade...
hoje já não sei o que desejo.
Um colo, um lar, uma cama... ou a morte.
l

11 de junho de 2010

waiting to hold you

Eu pude ver seu sorriso.
Por trás das folhas secas que cobriam o campo,
não era uma tarde normal.
Meu querido...
tínhamos tudo,
sempre tivemos.
O que mais poderíamos querer?
Doce veneno,
correndo em nossas veias...
um beijo, um sorriso,
sonhos.
Eu estou te esperando,
nessa tarde fria,
nesse campo vazio, cinza.
vai ficar tudo bem, estou aqui agora,
esperando para abraçá-lo.



Löla.

candy

-...

Sonhando com rosa e azul.
Sonhando com tudo sobre você.
Vanilla, estrelas e barras de chocolate.
Estou sonhando com tudo,
eu amo o jeito que somos.
A Lua é um grande sorriso de prata.
Acho que gostaria de ficar aqui por algum tempo...
eu estava sonhando,
eu estava voando por cima de tudo e rindo.
Cantando em uma árvore
eu sonhei que a árvore foi você e eu.
Sonhei que era eu, doce e verde, e era tudo.
Fomos tudo.

L.

28 de março de 2010

error

Eu percebo vultos,
ouço vozes.
Tudo está estranho...
todos me evitam.
Estou pirando,
pirando aos poucos, ou rápido demais.
Procurando a perfeição nas coisas que me rodeiam...
nas mais banais;
Procurando em mim...
sei que de nada vai adiantar.
Eu sou um ser imperfeito,
errante, contrastante.
Meus erros são tão inocentes
(até certo ponto).
Sinto atração ao erro.
Que mal há nisso?

L.

9 de março de 2010

destino

Sou um equívoco aos sábios,
sou clichê aos mais ordinários.
Meu fado não tem segredos,
no entanto, permito-me ocultar o que me aflita - ou não -,
Pouco me importo com o que me assombra,
sei que um dia, irá se afastar, desaparecerá.
São planos de alguém particularmente afetado
por uma força invisível e incompreensível.
Dane-se. Não faço questão da alegria exagerada.
O obscuro ao menos nunca é óbvio.
A felicidade sim...

Não gosto de escrever sobre coisas óbvias.

L.

2 de fevereiro de 2010

"Apesar de toda a Poesia que poderia haver no mundo, apesar de todo o saber, apesar de todas as certezas, todos os prazeres... a realidade era algo pesado demais para ser suportada."

errante alma

O errado me pareceu tão certo.
Peregrino diante de meu mais louco inconsciente.
Ardente sonho, que consome minha alma...
Procurando um ritmo para sua caminhada.
Errante caminho,
Errante desejo,
Errante alma.

Paola Monezzi.

7 de janeiro de 2010

C.L.

"Não é que vivo em eterna mutação,
com novas adaptações a meu renovado viver e nunca chego ao fim
de cada um dos modos de existir.
Vivo de esboços não acabados e vacilantes.
Mas equilibro-me como posso,
entre mim e eu,
entre mim e os homens, entre mim e o Deus."

Clarice Lispector.

trash

-...

Os olhos sugados pela dor,
não correspondem tão logo á luz do farol,
aceso em direção ao norte,
depois ao sul,
retrocedendo ao leste.

Dentro de sua mente,
não existe a mínima possibilidade de alcançar alguma coisa,
por mais perto que ela esteja.

Ele sente o veneno correndo em suas veias,
mas veneno ali não há;
só um buraco negro,
perdido em meio a amargura de sua vida,
de sua historia,
de seu coração.


No fundo há certa felicidade,
em parecer vivo depois de tanto sofrimento.
Mas mesmo tentando ocultar,
ele sente que o medo vem lhe assombrar;
o mesmo medo que acompanha a solidão,
que venera a escuridão.

Ele está morto,
cinza, e apodrecendo.

E isso é fascinante.
Mas é segredo.


L.

3 de janeiro de 2010

trash

Ouço gritos...

gritos!
gritos!
gritos!

Arranhe,
corte,
maltrate.

Escuto vozes.

Vejo sombras.

Vejo cúmplices.

Adeus!
Está na hora do meu remédio.

L.

trash

-...

A solidão,
como de costume, corrompe o afeto.
Me transforma em um monstro.
Prende-me com arames,
desde as mãos,
até os pés.
Para a boca,
é usada uma cola feita com estrume.
Pra que não grite por ninguém.
Meus olhos são tapados com véu negro.
Entre quatro paredes...
sem luz, sem janela,
sem saída nem entrada.
Como vim parar aqui?
Foi por instinto daquela que não venera o sol.

L.