7 de janeiro de 2010

trash

-...

Os olhos sugados pela dor,
não correspondem tão logo á luz do farol,
aceso em direção ao norte,
depois ao sul,
retrocedendo ao leste.

Dentro de sua mente,
não existe a mínima possibilidade de alcançar alguma coisa,
por mais perto que ela esteja.

Ele sente o veneno correndo em suas veias,
mas veneno ali não há;
só um buraco negro,
perdido em meio a amargura de sua vida,
de sua historia,
de seu coração.


No fundo há certa felicidade,
em parecer vivo depois de tanto sofrimento.
Mas mesmo tentando ocultar,
ele sente que o medo vem lhe assombrar;
o mesmo medo que acompanha a solidão,
que venera a escuridão.

Ele está morto,
cinza, e apodrecendo.

E isso é fascinante.
Mas é segredo.


L.

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